O violino é um instrumento musical, classificado como Instrumento de cordas ou cordofone, cuja fonte primária de som é a vibração de uma corda tensionada quando beliscada, percutida ou friccionada. Foi inventado por Gasparo de Salò, um italiano que viveu entre os anos 1540 e 1609. O termo "violino" foi introduzido na língua portuguesa no século XX. Até então, a designação do instrumento era rabeca, palavra que ainda se utiliza em muitos lugares.
É o menor e mais agudo dos instrumentos de sua família (que ainda possui a viola, o violoncelo e o contrabaixo) e corresponde ao Soprano da voz humana. O violino possui quatro cordas percutidas, com afinação da mais aguda à mais grave: mi, lá, ré sol. O timbre do violino é agudo, brilhante e estridente, mas dependendo do encordoamento utilizado e da forma que é tocado, podem-se produzir timbres mais aveludados. O som geralmente é produzido pela ação de friccionar as cerdas de um arco de madeira sobre as cordas. Também pode ser executado beliscando ou dedilhando as cordas (pizzicato), pela fricção da parte de madeira do arco (col legno), ou mesmo por percussão com os dedos ou com a parte de trás do arco.
Toca-se com o arco a passar nas cordas e faz um som diferente de acordo com as cordas tocadas (corda mi aguda, corda sol grave).
Assim como outros instrumentos de percussão, os violinos também podem ser amplificados eletronicamente. A sua utilização mais comum é nos naipes de cordas das orquestras. O género mais comum é a música de concerto. Existem no entanto diversos músicos que o utilizam na música folclórica, popular, rock e outros géneros.
Na orquestra, o líder do naipe de primeiros-violinos é chamado de spalla. Depois do maestro, ele é o comandante da orquestra. O spalla fica à esquerda do maestro, logo na primeira estante do naipe dos primeiros-violinos.
Esticada na parte inferior do arco estão as cerdas, que são feitas de vários fios de crina de cavalo, ou de material sintético.
A extensão do violino é do Sol 3 (mais grave e a última corda solta), ao Si 6 (3 notas antes da mais aguda que se pode ouvir).
A palavra violino é um diminutivo de viola, palavra vinda do latim médio, vitula, que significa instrumento de percussão. Sua origem vem de instrumentos trazidos do leste da Europa do Império Bizantino. Os primeiros violinos foram feitos na Itália entre os meados do fim do século XVI e o início do século XVII, evoluindo de antecessores como a rebec, a vielle e a lyra da braccio. A sua criação é atribuída ao italiano Gasparo de Salò. Durante duzentos anos, a arte de fabricar violinos de primeira classe foi atributo de três famílias de Cremona: Amati, Guarneri e Stradivarius. Toda a invenção do violino foi conduzida pelas raízes do instrumento milenar chinês erhu, as raízes deste instrumento foram os instrumentos de cordas friccionados por arco mais antigos já descobertos.
O violino propriamente dito manteve-se inalterado por duzentos anos. A partir do século XIX modificou-se apenas a espessura das cordas, o uso de um cavalete mais alto e um braço mais inclinado. Inclusive, a forma do arco consolidou-se aproximadamente nessa época. Originalmente com um formato côncavo, o arco agora tem uma curvatura convexa, o que lhe permite suportar uma maior tensão das crinas, graças às mudanças feitas pelo fabricante de arcos François Tourte, a pedido do virtuose Giovanni Battista Viotti, em 1782.
O violino tem longa história na execução de músicas de raiz popular, que vem desde os seus antecessores (como a vielle). A sua utilização tornou-se mais expressiva a partir da segunda metade do século XV.
Os violinos Stradivarius são provavelmente os mais valiosos do mundo. Foram feitos mais de mil instrumentos, entre eles violinos, violas de arco, violoncelos e outros instrumentos de arco pelo mestre Antonio Stradivari (1644-1737), mas actualmente restam poucos destes instrumentos. Um violino Stradivarius de 1720, não dos mais famosos, foi comprado num leilão em Novembro de 1990 por 1,7 milhão de dólares. Em 2006 foi leiloado na casa de leilões Christie's um Stradivarius de 1729 (Hammer) que foi arrematado por 3,5 milhões de dólares.
O mais famoso Stradivarius é também o mais famoso e valioso violino do mundo. O Messias foi feito pelo mestre em 1716 e ainda hoje é o violino antigo mais preservado do mundo, afirmado por muitos como aparentando ter acabado de ser feito.
Também foi o único violino que Stradivari nunca vendeu, ficando em sua posse até sua morte.
O Messias se encontra no Ashmolean Museum de Oxford, Inglaterra, no salão de musica Hill.
Enquanto existem por volta 650 instrumentos Stradivarius sobreviventes, por outro lado também existem milhares de cópias, grande parte com marcas com a inscrição "Stradivarius", feitos em sua homenagem. Muitos milhares destes foram feitos no século XIX, com marcas que indicavam o modelo de origem, sem pretensão de passarem por originais; porém com o passar do tempo a história verdadeira se perdeu, a medida que estes instrumentos são redescobertos hoje, levam seus descobridores ao engano.
Um dos vários segredos da beleza estética dos violinos de Stradivarius reside no facto de o seu construtor os desenhar utilizando a Secção Áurea. A Secção Áurea representa um elemento de equilíbrio estético.
Os instrumentos de Stradivarius são referência mundial, porém a arte da lutheria nunca deixou de se desenvolver, apesar de todos os mitos que cercam o instrumentos stradivarius, recentemente foi feito um teste cego com violinistas solistas de fama internacional, para esse exame, pesquisadores franceses submeteram 12 violinos a esses concertistas - seis modernos e seis antigos, entre os antigos estavam cinco Stradivarius originais, para a surpresa dos próprios, muitos preferiram os instrumentos modernos. Os solistas testaram todos os instrumentos em uma sala de concertos de 300 lugares e uma mais ampla em Paris, acrescentam os pesquisadores, cujo estudo aparece na última edição da "Proceedings of the National Academy of Sciences". Cada teste durou mais de uma hora. Os músicos não tinham como identificar visualmente os instrumentos, já que os modernos receberam um tratamento que os deixou parecendo antigos.
Os autores do experimento afirmam que seis dos dez solistas preferiram um violino moderno. Um desses instrumentos parece ter se destacado dos demais. De qualquer forma Stradivarius nunca deixará de ser uma referência mundial e o valor histórico de sua obra é inestimável, já que serve até hoje como modelo para a construção de instrumentos modernos.
O violino é guardado, normalmente, num estojo cuja forma e material podem variar. Esse estojo contém necessariamente o violino, o arco, a resina, a almofada (ou espaleira), uma surdina, uma flanela para limpeza e cordas sobressalentes. Pode conter, esporadicamente, dependendo do caso, partituras, um outro arco, um metrônomo, um higrômetro, um umidificador, um diapasão, giz para conservação das cravelhas.
De: Wikipédia
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