Via Láctea
Via Láctea é uma das galáxias que formam o Universo. Ela é uma galáxia do tipo espiral normal, formada por um bojo, quatro enormes braços principais que compõem o seu disco e um amplo halo galático que a envolve. Matéria escura, gases, poeira e vários corpos celestes fazem parte da Via Láctea, incluindo o Sistema Solar. No centro da Via Láctea, a 26 mil anos-luz do planeta Terra, fica um buraco negro supermassivo denominado Sagitário A*, cuja primeira imagem foi divulgada no ano de 2022.
A Via Láctea é uma das centenas de bilhões de galáxias que formam o Universo. É nela que está localizado o Sistema Solar, conjunto de corpos celestes do qual o planeta Terra faz parte. Ela se estende por um diâmetro de aproximadamente 100.000 anos-luz, sendo que cada ano-luz corresponde a 9,46 trilhões de quilômetros.
Os elementos que formam a Via Láctea, que são gases, poeira, matéria escura, estrelas e outros corpos celestes (planetas, planetas anões, asteroides, meteoritos etc.), orbitam o seu núcleo, dando origem, assim, a imensos braços que circundam essa região central a uma determinada velocidade que condiciona a formação de um disco achatado. Em função disso, a Via Láctea é classificada como uma galáxia espiral normal. Segundo Brasil Escola.
Espaço Sideral
O Telescópio Espacial Hubble fez um novo registro do espaço sideral com o programa 3D-DASH. As descobertas de um grupo de pesquisadores serão publicadas no The Astrophysical Journal ainda este ano.
A grande novidade do registro é que essa é a maior imagem de infravermelho próximo do Hubble, capturando mais do que o telescópio costuma mostrar em uma imagem. Com o programa 3D-DASH, é possível tirar oito fotos por órbita do Hubble, em vez da imagem padrão.
Dessa forma, foi possível capturar 2.000 horas de imagens em apenas 250 horas. Com o que foi obtido, os pesquisadores combinaram as imagens em um mosaico e bateram um recorde.
No ano passado, a Nasa lançou o James Webb, que tem o diferencial de estudar os itens de perto. No caso do Hubble, a visão é bem mais ampla, mas não traz uma análise tão complexa das galáxias.
É possível explorar o 3D-Dash com uma versão online interativa criada por Gabrial Brammer, do Cosmic Dawn Center. Segundo Tudo Celular.
Sistema Solar
Edna Maria Esteves da Silva (Planetário da Universidade Federal de Santa Catarina) edna.esteves@ufsc.br
Colaboradores: Tânia Maris Pires Silva (Planetário da UFSC) e Carlos Alberto Vieira (UFSC)
As modernas técnicas de observação astronômica e a navegação espacial fazem com que o Sistema Solar esteja sendo redescoberto. Gradativamente são desvendados novos segredos dos múltiplos mundos que o compõem e a visão que se tinha de um sistema estático e bem definido não é mais possível. Novos astros vêm sendo descobertos, principalmente além da órbita de Netuno e, por isso, conhecidos como objetos transnetunianos. Dentre eles estão incluídos desde corpos pequenos como cometas, asteróides e meteoróides até corpos muito parecidos com o planeta Plutão. Assim surge uma nova concepção de um sistema “vivo” e dinâmico, que apresenta a forma hipotética aproximada de uma “bolha” permeada de matéria e energia. Ainda não existe precisão sobre os seus limites, ou seja, onde termina a atração gravitacional do Sol.
A descoberta de inúmeros corpos e muitos com características semelhantes a Plutão, fez com que surgisse, ao longo dos anos, uma fervorosa polêmica no meio astronômico acerca deste astro continuar a ser considerado planeta ou apenas um objeto transnetuniano.
A polêmica foi acirrada a partir da descoberta em 2003, de um astro bem maior do que Plutão, designado de UB313 e apelidado de Xena. A partir daí alguns defendiam a idéia de aumentar o número de planetas do Sistema Solar e outros argumentavam em favor da criação de uma nova classificação para Plutão e os demais astros parecidos com ele.
O conceito original para a palavra “planeta”, utilizado desde a antiguidade, como um astro errante ou viajante do céu, já não se adequava às novas descobertas científicas. Era urgente que se criasse uma definição científica que melhor caracterizasse o que é um planeta. Sendo assim, durante a vigésima sexta reunião da União Astronômica Internacional (UAI), entidade responsável, entre outras atribuições, pela regulamentação de nomenclaturas, classificações e definições utilizadas na Astronomia, a polêmica foi resolvida a partir da criação de um novo conceito para a palavra planeta.
A partir deste novo conceito, os planetas e outros corpos do Sistema Solar ficaram definidos em três categorias distintas:
O Sistema Solar em escala
O Sistema Solar é constituído por astros extremamente diferenciados entre si. Apresentam peculiaridades individuais e estão situados em órbitas bastante distanciadas umas das outras. As publicações didáticas ao tratarem deste tema, apresentam desenhos esquemáticos completamente distanciados da realidade. Os diâmetros de seus astros bem como as distâncias entre eles são apresentados fora de escala, passando uma imagem muito aquém do que seja nosso Sistema Planetário. Se fosse possível visualizarmos o Sistema Solar de longe, perderíamos a noção de seus detalhes.
Sendo assim, a melhor forma para concebermos o Sistema Solar, é caracterizá-lo em seus diferentes aspectos por meio da construção de modelos didáticos em escala. Ainda que parcialmente, os modelos induzem a uma construção mental de nosso Sistema Planetário.
Com os dados das tabelas a seguir, é possível a representação do Sistema Solar em escala, mostrando as distâncias médias entre os planetas e o Sol bem como os diâmetros equatoriais de cada planeta e do Sol. Para representar as distâncias, pode-se utilizar um barbante com o comprimento de 1.015cm (10,15m) que é a distância que ficará Éris, do Sol conforme a escala e, ao longo dele marca-se as demais posições de cada planeta. Quanto aos diâmetros, recorta-se em cartolina ou papel cartão o Sol e os planetas. Em seguida pode-se pintá-los conforme as cores aproximadas de cada um: O Sol: amarelo; mercúrio: amarelo; Vênus: azul claro com rajadas brancas; Terra: azul mais escuro com rajadas brancas; Marte: vermelho claro; Ceres: bege; Júpiter: alaranjado; Saturno, amarelo; Urano: verde;Netuno: azul; Plutão: gelo e Éris: cinza. Os planetas Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, possuem anéis, sendo os de Saturno mais extensos. Os anéis podem ser confeccionados com placas de isopor e fixados ao planeta com arames.
Pequenos corpos
Cometas são corpos em geral pequenos e leves, formados por gelo, poeira e gás que orbitam o Sol descrevendo órbitas mais alongadas (elípticas) e inclinadas em relação às dos planetas.
Asteróides são pequenos corpos rochosos, com formatos irregulares e que orbitam o Sol em maior quantidade entre as órbitas de Marte e Júpiter e além do Planeta Netuno.
Meteoróides são pequenos fragmentos que orbitam o Sol, permeando todo o Sistema Solar. Quando atraídos pela Terra provocam, pelo atrito com a atmosfera, rastros luminosos no céu noturno. São conhecidos como meteoros ou, popularmente, estrelas cadentes. A maioria deles queima na atmosfera. Apenas os maiores chocam-se no solo, podendo formar crateras de impacto e quando encontrados na superfície são chamados de meteoritos.
Segundo UFSC Planetário.
DIÂMETROS EQUATORIAIS DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DO SISTEMA SOLAR
Astro Diâmetro Diâmetro do astro sendo
equatorial (km) Júpiter igual a 30cm
Sol 1.390.000 291cm
Mercúrio 4.879,4 1cm
Vênus 12.103,6 2,5cm
Terra 12.756,2 2,7cm
Marte 6.794,4 1,4cm
Ceres 914 0,2cm
Júpiter 142.984 30,0cm
Saturno 120.536 25,0cm
Urano 51.118 10,7cm
Netuno 49.538 10,3cm
Plutão 2.320 0,5cm
Éris 3.094 0,6cm
Lua 3.476 0,7cm
Ceres
Ceres(na designação de planeta menor 1 Ceres; símbolo: ) é um planeta anão localizado no cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, sendo o maior dos asteroides. Desde sua descoberta em janeiro de 1801 por Giuseppe Piazzi, Ceres recebeu diversas classificações, sendo inicialmente considerado planeta e posteriormente asteroide. Em 2006 foi enquadrado na categoria de planeta anão.
Possui um formato arredondado e uma superfície escura cheia de crateras. É constituído possivelmente por um núcleo rochoso circundado por um manto de gelo. Sua superfície, conforme anteriormente observado pelo Telescópio Espacial Hubble, apresenta regiões mais escuras, além de locais de brilho proeminente, de natureza ainda desconhecida. O planeta anão possui uma tênue atmosfera formada sobretudo por vapor de água que sublima e deixa a superfície. Ceres é possivelmente um planetesimal remanescente do período de formação e evolução do Sistema Solar. Atualmente aparenta ser geologicamente inerte.
Em 2007, foi lançada a sonda Dawn, da NASA, que fez uma passagem por Vesta e entrou em órbita ao redor de Ceres em 6 de março de 2015. Fotografias de resolução não obtida anteriormente foram tiradas a partir de janeiro de 2015 conforme a Dawn se aproximou de Ceres, revelando uma superfície coberta de crateras. Um ponto brilhante visto anteriormente em imagens do Telescópio Espacial Hubble foi observado como duas formações distintas de alto albedo no interior de uma cratera, consistentes com material reflexivo contendo gelo ou sais. Foi inicialmente especulado que esses pontos teriam origem criovulcânica, mas isso foi considerado improvável. Segundo Wikipédia.
Éris
Éris ou 136199 Eris (designação de planeta menor, símbolo: ) é um planeta anão plutoide situado nos confins do sistema solar, em uma distância de 97 UA do Sol, em seu afélio, em uma região conhecida como disco disperso.
Quando foi descoberto, ficou desde logo informalmente conhecido como o "décimo planeta", porque na época seu diâmetro estimado era maior do que o diâmetro do planeta-anão Plutão.
Éris tem um período orbital de cerca de 560 anos e encontra-se a cerca de 97 UA do Sol, em seu afélio. Como Plutão, a sua órbita é bastante excêntrica, e leva o planeta a uma distância de apenas 35 UA do Sol no seu periélio (a distância de Plutão ao Sol varia entre 29 e 49,5 UA, enquanto que a órbita de Neptuno fica por cerca de 30 UA).
Em 2010, resultados preliminares de uma ocultação estelar por Éris em 6 de novembro estabeleceram um limite de 2 320 km no diâmetro de Éris, deixando-o com praticamente o mesmo diâmetro de Plutão. No entanto, com a aproximação da sonda New Horizons deste último em 13 de julho de 2015, resultando em novos e mais precisos cálculos de seu diâmetro, provou-se, definitivamente, ser Plutão maior que Éris.
UA: Unidade Astronômica
Unidade Astronômica
A unidade astronômica (português brasileiro) ou unidade astronómica (português europeu) (símbolo: au, au, AU) é uma unidade de comprimento, aproximadamente a distância da Terra ao Sol e igual a cerca de 150 milhões de quilômetros ou ~8 minutos-luz. A distância real varia em cerca de 3% conforme a Terra orbita o Sol, de um máximo (afélio) a um mínimo (periélio) e vice-versa uma vez a cada ano. A unidade astronômica foi originalmente concebida como a média do afélio e periélio da Terra; no entanto, desde 2012, foi definido exatamente como 149597870700 m (veja abaixo várias conversões).
A unidade astronômica é usada principalmente para medir distâncias dentro do Sistema Solar ou em torno de outras estrelas. É também um componente fundamental na definição de outra unidade de comprimento astronômico, o parsec.
Parsec
Parsec (símbolo: pc) é uma unidade de comprimento usada para medir as grandes distâncias de objetos astronômicos fora do Sistema Solar, aproximadamente igual a 3.26 anos-luz ou 206.000 unidades astronômicas (au), ou seja, 30,9 trilhões de quilômetros.[a] Parsec é obtido pelo uso de paralaxe e trigonometria e é definido como a distância na qual 1 au subtende um ângulo de um segundo de arco (13600 de um grau). Isso corresponde a 648000π de unidades astronômicas, ou seja, 1 pc = 1/tan(1″) au. A estrela mais próxima, Proxima Centauri, está a cerca de 1.3 parsecs (4.2 anos-luz) do Sol. A maioria das estrelas visíveis a olho nu no céu noturno estão a 500 parsecs do Sol.
A palavra parsec é uma maleta de paralaxe de um segundo de arco, e foi cunhada pelo astrônomo britânico Herbert Hall Turner em 1913 para fazer cálculos de distâncias astronômicas a partir de apenas dados observacionais brutos fáceis para os astrônomos. Em parte por esse motivo, é a unidade preferida em astronomia e astrofísica, embora o ano-luz permaneça proeminente em textos científicos populares e de uso comum. Embora parsecs sejam usados para distâncias mais curtas dentro da Via Láctea, múltiplos de parsecs são necessários para as escalas maiores do universo, incluindo quiloparsecs (kpc) para os objetos mais distantes dentro e ao redor da Via Láctea, megaparsecs (mpc) para galáxias de distância média e gigaparsecs (gpc) para muitos quasares e as galáxias mais distantes.
Em agosto de 2015, a União Astronômica Internacional (IAU) aprovou a Resolução B2 que, como parte da definição de uma escala de magnitude bolométrica absoluta e aparente padronizada, mencionou uma definição explícita existente do parsec como exatamente 648000π au, ou aproximadamente 3.0856775814913673×1016 metros (com base na definição exata do SI da IAU de 2012 da unidade astronômica). Isso corresponde à definição de pequeno ângulo do parsec encontrada em muitas referências astronômicas.
Disco Disperso
O disco disperso é uma região remota do nosso sistema solar, povoada por corpos gelados conhecidos como objetos do disco disperso, um subgrupo da família dos transnetunianos. A porção interior do disco disperso penetra nos domínios do cinturão de Kuiper, mas o seu limite exterior prolonga-se para muito além do Sol e para mais acima e abaixo da eclíptica que a cintura em si.
O planeta anão Éris orbita nesta região do sistema solar, dado que encontra-se a cerca de 97 UA do Sol, no afélio e 35 UA no periélio.
Durante a década de 1980, a introdução do charge-coupled device em telescópios em combinação com computadores de maior capacidade de análise de imagem permitiu inquéritos mais eficientes do céu profundo do que era prática, utilizando a fotografia. Isto levou a uma enxurrada de novas descobertas: entre 1992 e 2006, mais de um milhar de objetos transnetunianos foram detectados.
O primeiro objeto do disco disperso a ser reconhecido como tal foi o (15874) 1996 TL66,[1] originalmente identificado em 1996 por astrônomos com base em Mauna Kea no Havaí. Mais três foram identificados pela mesma pesquisa em 1999: (181867) 1999 CV118, 1999 CY118 e 1999 CF119. O primeiro objeto atualmente classificado como um objeto do disco disperso a ser descoberto foi (48639) 1995 TL8, encontrado em 1995 pelo Spacewatch.
A partir de 2008, mais de 100 objetos do disco disperso foram identificados, incluindo (229762) 2007 UK126 (descoberto por Schwamb, Brown, e Rabinowitz), (84522) 2002 TC302 (NEAT), Éris (Brown, Trujillo, e Rabinowitz) Sedna (Brown, Trujillo, e Rabinowitz) e 2004 VN112 (Deep Survey Eclíptica).[2][3] Embora o número de objetos no cinturão de Kuiper e do disco disperso sejam supostamente aproximadamente iguais, o viés de observação devido à sua maior distância significa que muito menos objetos do disco disperso têm sido observados até à data.
Segundo Olhar Digital.
Segundo Morumbi Sul
Referências: